
Você já reparou como o assunto bodybuilding está dominando os corredores da academia? Se ainda não reparou, olha melhor na próxima vez que for treinar. Sempre tem aquele cara ou aquela mina que já chega no treino com marmita na mochila, galão de água numa mão e cara de quem está pronto pra subir no palco do Mr. Olympia amanhã. A real é que esse estilo de vida vem crescendo cada vez mais – e, se você está lendo isso, talvez esteja cogitando entrar de cabeça nessa jornada. Então senta aí, pega seu shake (com whey, creatina, glutamina ou só uma água mesmo) e bora bater esse papo de maromba com tudo o que você precisa saber pra começar no bodybuilding do jeito certo.
Primeiro de tudo: bodybuilding não é só levantar peso. Esquece essa ideia de que é só colocar carga, fazer careta e ir embora achando que vai acordar parecendo o Ronnie Coleman. Não, meu camarada. Bodybuilding é disciplina, é paciência, é um estilo de vida, tipo um casamento com os pesos – e sem chance de divórcio.
E o mais importante: bodybuilding não é só musculação. Enquanto a galera da musculação quer melhorar o físico, a saúde ou só extravasar o estresse do trampo, o bodybuilder tem um objetivo claro: crescer o máximo possível e secar até a alma. O foco é competir, subir no palco, mostrar os músculos nas poses clássicas e, claro, impressionar os juízes e o público. É como ser artista de um espetáculo onde seu corpo é a escultura viva. Sim, é uma arte… só que com cheiro de BCAA no ar.
Se você está começando agora, respira fundo e não queira virar monstro da noite pro dia. O caminho é longo, mas tudo começa com planejamento. Defina um cronograma realista, nada de querer perder 10 kg em uma semana ou ganhar 5 kg de músculo em um mês. Estabeleça metas específicas, tipo aumentar 5 kg no supino em quatro semanas ou reduzir 1% de gordura corporal por semana. E sim, anota tudo. Marombeiro de verdade acompanha evolução igual trader acompanha gráfico da bolsa.

Depois vem o famoso: plano de treino. E aqui, irmão, não tem moleza. Esquece aquele treino meia-boca de “três séries de quinze” só pra fazer volume na ficha. Treino de verdade envolve agachamento, supino, terra, remada, afundo, e mais uma penca de exercícios compostos que vão te fazer suar igual tampa de marmita. Se você é iniciante, três a quatro treinos por semana já são suficientes – o importante é fazer com consistência e com a execução perfeita, porque ninguém quer virar bodybuilder com a coluna em S.
E já que falamos em treino, vamos falar de dieta – ou melhor, protocolo nutricional (porque “dieta” é muito Nutella pro mundo hardcore do fisiculturismo). Aqui, você precisa entender que sem comida, sem músculo. Simples assim. Pra crescer, você precisa comer mais do que gasta, mas com qualidade. Proteína é a base: frango, carne vermelha magra, ovos, peixe, whey protein. Carboidrato também é bem-vindo, viu? Batata doce, arroz, aveia, tudo tem seu valor. E não esquece das gorduras boas: azeite, castanhas, abacate… isso tudo ajuda na produção hormonal.
Mas calma, não precisa pirar sozinho. Nutricionista esportivo é o melhor investimento da sua vida, junto com o tênis que você comprou pra treinar. Se tiver acesso ao Smart Fit Nutri, por exemplo, já é um caminho. Tudo no app, direto e prático, igual deve ser sua rotina.
Agora, bora falar do que muita gente esquece: descanso. Tem nego que acha que vai crescer dormindo só 4 horas por noite, acordando de madrugada pra fazer cardio em jejum e ainda aguentando o dia inteiro no trampo. Não rola. Músculo cresce no descanso, e o descanso inclui sono de qualidade, dias de off e recuperação ativa. Alongamento, massagem com rolo, uma aulinha de yoga (sim, yoga!), e até meditação. Você não é só corpo, é mente também, e um bodybuilder de verdade cuida do pacote inteiro.
E enquanto você estiver nessa pegada, acompanhe seu progresso. Pesa, mede, tira foto, grava treino, faz comparação… tudo isso te dá motivação. Você vai ver o volume aparecendo, a pele afinando e a autoestima subindo. E quer saber? Isso é viciante. Quando você começa a ver resultado, meu parceiro, você não para mais.
Mas ó, uma dica valiosa: forma correta acima de tudo. Tem muito guerreiro de academia por aí levantando peso como se estivesse em uma competição de levantamento olímpico, quando na real, só queria treinar peito. Desse jeito, o máximo que vai ganhar é uma lesão e uma visita no ortopedista. Vai devagar, aprende o movimento, melhora a execução, e aí sim sobe carga.
E se você está pensando em competir, já começa a treinar as poses. Isso mesmo. Bodybuilding não é só quem tem o maior bíceps, mas quem sabe mostrar o shape com técnica. São sete poses obrigatórias: duplo bíceps frente e costas, expansão de dorsais, tríceps de lado, peitoral de lado, abdominal e coxa. Parece simples? Então tenta fazer na frente do espelho sem tremer a perna. Vai ver que isso exige técnica, consciência corporal e muito treino. E sim, vai ter um momento que você vai posar de sunga em casa mesmo. Acostume-se.
Se o seu objetivo é competir em alto nível, o caminho natural leva ao Mr. Olympia, o maior evento do fisiculturismo mundial. Mas calma, antes de pensar em Las Vegas, você vai precisar passar por etapas nacionais, estaduais, amadoras… tudo isso com registro, inscrição, categoria definida. E é aqui que entra a escolha: natural ou com hormônio?
É… chegamos naquele assunto espinhoso: anabolizantes. No mundo do bodybuilding, não dá pra ignorar que tem gente usando. Os gigantes que você vê hoje nos palcos não são feitos só de frango e arroz. Mas também não são exemplos de saúde. O uso dessas substâncias pode trazer riscos sérios: problemas no coração, rins, fígado, sistema hormonal, psicológico… enfim, o preço é alto. Tanto que hoje já existem categorias específicas para atletas naturais. Seja honesto consigo mesmo. Quer competir? Beleza, escolha sua categoria, procure acompanhamento médico e não entre nessa por pressão ou comparação.
E lembra: fisiculturismo é um estilo de vida exigente. Vai exigir dinheiro, tempo, energia, foco e muita paciência. Você vai abrir mão de rolê, de comida, de bebida, de sono… e vai ouvir de muita gente que está exagerando. Mas tudo bem. Porque no final das contas, só você sabe o quanto suou pra alcançar aquele shape. Só você entende o valor do esforço que ninguém viu.
Ah, e última coisa: respeita teu corpo. Não tenta pular etapas, não se compare com quem já treina há 10 anos. O shape vem, sim, mas com trabalho constante, alimentação regrada, descanso e, acima de tudo, consistência.
Então, se você quer virar bodybuilder, já sabe o caminho. Agora é só colocar a regata, apertar o tênis, dar play naquela playlist que começa com “Eye of the Tiger” e encarar o treino como se fosse sua última chance de fazer história.
Nos vemos no palco, ou pelo menos ali na frente do espelho, testando o duplo bíceps depois do treino de braço.