Beleza, bora bater um papo reto sobre dois exames cardíacos que provavelmente você nem sabe que existem, mas que podem ser a chave pra você turbinar sua saúde do coração — e evitar aquela parada chata chamada doença cardiovascular. O Dr. Peter Attia, um baita especialista em medicina, explica de um jeito que até quem só vive na academia consegue entender. Então, se liga: enquanto muita gente ainda fica presa naquela conversa furada de colesterol total, que é praticamente inútil pra prever problemas no coração, tem duas palavrinhas que valem ouro — apoB e Lp(a). Quer saber por quê? Vem comigo que eu te explico tudo, naquele estilo conversa de treino, descontraída e profissional.
Primeiro, deixa eu te contar uma coisa que muita gente não sabe: aquele número do seu exame de colesterol total, sabe? Então, ele não diz quase nada sobre o risco real que você tem de sofrer um infarto ou AVC. É mais irrelevante que perguntar o nome do seu cachorro. Até o HDL, que é o “colesterol bom”, não é tão decisivo assim. O que importa de verdade são os números de apoB e Lp(a), que quase ninguém conhece, mas que são os verdadeiros vilões ou heróis no jogo do seu coração.
O que é esse tal de apoB? É o apelido pra apolipoproteína B, um nome meio complicado, mas que na prática é o que envolve as partículas de LDL — aquelas que a gente chama de “colesterol ruim”. Só que apoB é ainda mais preciso do que só olhar o LDL. Por quê? Porque ele conta quantas partículas de lipoproteínas, tipo LDL e VLDL, estão circulando no seu sangue. Quanto mais dessas partículas, maior a chance delas grudarem nas paredes das suas artérias, formando aquelas placas que são a origem das doenças cardíacas. Ou seja, o número de apoB é o que realmente mostra seu risco de desenvolver aterosclerose, que é o nome chique pra essa parada de placa nas artérias.
Agora, o que você deve buscar no exame de apoB? O ideal é ficar entre 30 e 40 mg/dL, que é mais ou menos o nível que uma criança tem (sim, crianças normalmente têm o coração saudável porque o apoB delas é baixíssimo). Passar de 60 mg/dL é o limite máximo aceitável. E não se preocupe em “baixar demais” o apoB, porque isso praticamente não acontece — manter níveis baixos como quando a gente era bebê seria o sonho para o coração.
Ah, e o melhor: fazer esse exame não custa uma fortuna. Dá pra fazer por uns 15 a 20 reais, então não tem desculpa pra não pedir ao seu médico. E quando você for pedir, não deixe ele te enrolar com papo de que o exame é caro ou complicado. Hoje em dia, existe até medicamento além daquelas estatinas clássicas, que ajudam a baixar o apoB para quem não consegue controlar só na dieta e exercício. E, falando em dieta, se você está com apoB alto, pode dar uma maneirada na gordura saturada (aquela da carne vermelha, manteiga, queijo gordo) e investir em gorduras monossaturadas — tipo azeite de oliva extra virgem, abacate, e castanhas de macadâmia. Isso ajuda a dar uma equilibrada. Também vale cortar o carboidrato em excesso, especialmente se você tem os triglicerídeos lá em cima. E, claro, não abre mão do exercício, porque isso faz toda diferença.
Agora vamos para a segunda estrela desse papo: Lp(a). Esse nome parece complicado, mas é só a abreviação de lipoproteína (a). Se você tem parentes próximos que morreram cedo de doença cardíaca, pode apostar que o Lp(a) é o principal suspeito. Isso porque o Lp(a) é o fator hereditário mais comum que aumenta seu risco de doenças do coração. Enquanto a maioria da galera tem níveis baixos, tem gente que pode ter até 100 vezes mais Lp(a) no sangue do que outras pessoas. É uma galera, tipo uns 10% da população, que está numa zona de risco alta. E entre pessoas de descendência africana, esse número é ainda maior.
Diferente do apoB, que dá pra controlar um pouco com dieta e remédio, o Lp(a) é meio teimoso. Não tem uma dieta milagrosa ou remédio tradicional que faça ele baixar rápido. Até rola uns remédios chamados inibidores de PCSK9, que podem reduzir o Lp(a) em cerca de 30%, mas isso ainda não mostrou que previne infarto ou AVC de forma definitiva. Ou seja, a real é que não existe um “remédio fácil” pra Lp(a). O jeito é ficar esperto com os outros fatores que você pode controlar — manter o apoB lá embaixo, controlar a pressão arterial, cuidar da insulina, não deixar o peso sair da linha e, se fuma, largar o cigarro o quanto antes.
Aí, você deve estar pensando: “Ok, mas por que eu nunca ouvi falar desses exames antes?” É simples, meu amigo. O mundo da medicina convencional ainda se apega a métricas antigas, tipo colesterol total e LDL, que são mais fáceis de medir e entender, mas que não contam toda a história. ApoB e Lp(a) são um pouco mais sofisticados, exigem um olhar mais atento, mas são o que realmente vai te dar o diagnóstico preciso do seu risco cardíaco.
E na academia, onde a gente já cuida do corpo, do treino, da alimentação, incluir esses exames no seu check-up pode ser o diferencial que salva sua vida. Sabe aquele cara ou aquela mina que treina pesado, come direitinho, mas que mesmo assim leva um susto com uma doença do coração? Pois é, às vezes o problema está exatamente nesses dois marcadores que ninguém sabia para medir.
Então fica o recado: da próxima vez que for no médico pedir seus exames, fala direto que quer incluir apoB e Lp(a). Não deixa passar batido. O preço é justo, o exame é rápido, e os dados podem mudar completamente sua estratégia de saúde. Se o seu apoB estiver alto, dá pra agir antes que a coisa fique séria. Se o Lp(a) estiver alto, você sabe que precisa redobrar a atenção e controlar tudo o mais que puder.
Eu sei, falar de exame e saúde do coração pode parecer meio chato, mas pensa que é igual aquele treino que você não gosta muito, mas sabe que faz toda diferença no seu shape. Aqui o shape é a sua vida, e cuidar do coração é a base para tudo que você quer fazer — seja bater seus recordes na academia, correr atrás das crianças, ou simplesmente viver mais e melhor.
E já que estamos nessa vibe fitness, lembra: exercício não é só pra deixar o corpo bonito, mas pra fortalecer o coração, melhorar a circulação, ajudar no metabolismo das gorduras e até diminuir a inflamação no corpo, que também é um vilão silencioso por trás das doenças do coração. A alimentação saudável ajuda a baixar o apoB e melhorar o perfil lipídico. E o sono? Ah, dormir bem ajuda a regular a pressão arterial e o estresse, que também impactam direto seu coração.
Resumindo a nossa conversa de academia: não confie só no colesterol total. ApoB e Lp(a) são os exames que você deve ficar de olho. ApoB mostra quantas partículas “ruins” estão no seu sangue e Lp(a) revela um risco hereditário que ninguém vê no exame padrão. Faça esses exames, se precisar mude a dieta e o treino, e converse com seu médico sobre opções de tratamento. Não deixe que um problema silencioso no seu sangue acabe com seu treino, sua energia, e sua vida.
Então, bora cuidar do coração com a mesma dedicação que você cuida do bíceps e do quadríceps? Porque no final das contas, o coração é o motor que mantém tudo funcionando. E a melhor estratégia é a prevenção, com exames certos, hábitos saudáveis e, claro, aquela força de vontade que a gente sabe que você tem. Fique atento, faça os exames, e mantenha o ritmo para um coração forte e uma vida longa e ativa.
Se precisar, chama que a gente troca ideia sobre saúde, treino, ou até mesmo sobre os exames que te ajudarão a viver melhor. Agora, vai lá e pede seu apoB e Lp(a) — seu coração vai agradecer, e o seu eu do futuro também.
