
Beleza, monstro? Bora bater um papo de maromba sobre Ronnie Coleman, o cara que redefiniu o que é ser insano na academia. Sabe aquele brother que grita “Yeah Buddy!” e “Light Weight Baby!” quando tá metendo 360kg no agachamento como se fosse peso de aquecimento? Então, estamos falando do maior fisiculturista de todos os tempos, com oito Mr. Olympia nas costas e uma história de vida que parece roteiro de filme – só que com muito mais ferro e proteína.
Se liga, o nome completo do brutamontes é Ronald Dean Coleman, nasceu em 13 de maio de 1964 lá em Monroe, Louisiana, nos EUA. O bicho tem 1,80m de altura e em competição pesava entre 130 e 136kg, mas no off-season era praticamente um tanque de guerra humano, batendo 150kg fácil. O apelido? “The King”. E não é pra menos. O cara conquistou 8 títulos seguidos do Mr. Olympia, entre 1998 e 2005, além de levar mais de 26 títulos profissionais pela IFBB. Um verdadeiro destruidor de palco.
Agora imagina esse cara lá atrás, com 13 anos, começando a treinar musculação na moral, só por curtir o rolê. Nada de competição, só aquele amor pelo pump. Na faculdade, jogava futebol americano e metia treino às cinco da manhã – não porque era obrigado, mas porque era o único horário livre. Respeita! O foco dele nessa época era mais no powerlifting, porque ajudava na performance no campo. Mas aí a vida muda, né?
Depois da faculdade, formado em contabilidade, percebeu que ficar atrás de uma mesa não era com ele. Resultado? Passou por vários trampos até virar policial, e foi aí que a história começou a ficar interessante de verdade. Dentro da delegacia, ele conheceu a Metroflex Gym – que pra quem não conhece é tipo o Olimpo da galera que treina de verdade, com ferro velho, chão sujo e alma. Lá, Brian Dobson, dono da academia, viu potencial no Ronnie e ofereceu treino de graça se ele topasse competir em um campeonato local.
Ronnie, mesmo sem nunca ter pensado em subir no palco, topou. E mano, o resto é história. Na primeira competição que ele entrou, o Mr. Texas de 1990, não só ganhou como passou por cima do próprio treinador. Que estreia, hein? Isso acendeu a chama da competição e, mesmo levando um terceiro lugar no NPC Texas no mesmo ano, ele decidiu focar no ganho de massa e planejar sua volta.

E voltou como? Em 1991, no Mundial de Amadores na Polônia, Ronnie esmagou a concorrência, levou o primeiro lugar e ainda ganhou o famoso Pro Card, o passe para o circuito profissional da IFBB. Daí pra frente, parecia que o cara ia dominar geral, mas não foi tão simples. Em 1992, na sua estreia no Chicago Pro Championships, ficou em 11º. E isso virou uma sequência. Entre 1992 e 1994, participou de mais de 10 competições, sem grande destaque. Normalmente, isso seria o fim pra muita gente… mas não pro Ronnie.
A virada veio em 1995, quando ele venceu o Canada Pro Cup. Essa foi a primeira vitória profissional e o começo do reinado. A partir daí, o nome Ronnie Coleman virou sinônimo de vitória. Entre 1998 e 2005, ele dominou o Mr. Olympia como se fosse o dono do evento. Subia no palco com um físico que parecia irreal: costas parecendo uma asa delta, pernas que pareciam toras de árvore, e um abdômen trincado mesmo com 140kg. É tipo misturar um tanque com uma escultura grega. E o mais insano? O cara fazia isso trabalhando em tempo integral como policial!
Agora se liga na rotina de treino desse mito. Nada de treininho de Instagram com luzinha e legenda motivacional. O Ronnie metia o pé na porta da academia meio-dia, depois de acordar, fazer duas refeições e ainda uma hora de esteira. Sim, cardio. Mesmo pesando quase 150kg, o cara respeitava o aeróbico. Treinava pesado, com sessões de 60 a 90 minutos, com intensidade no talo. Era volume e carga. Agachamento com quase 400kg, levantamento terra com mais de 360kg, tudo gritando “Light Weight Baby!” como se não fosse nada.
E olha que isso era só o começo do dia. Saía da academia, se arrumava, comia de novo e ia direto pra delegacia. Durante o trabalho, aproveitava cada pausa pra encaixar mais uma refeição. Voltava pra casa às 23h, tomava banho, comia mais uma vez, cuidava das paradas pessoais e ainda metia um shake com 100g de proteína antes de dormir. Tenta manter essa rotina por uma semana, vai… e aí você entende o porquê do cara ser uma lenda.
Mas aí vem a parte pesada da história. Ronnie é o exemplo clássico de que quando você dá tudo de si, literalmente tudo, o corpo cobra. Durante os anos, treinando com cargas absurdas, surgiram lesões. A mais grave começou com uma hérnia de disco, que foi evoluindo até atingir o quadril. Mesmo com dor, Ronnie não parava. Continuava levantando tonelada atrás de tonelada, como se a dor fosse parte do treino. Só que o tempo não perdoa.
Foram mais de 10 cirurgias na coluna e quadril. Algumas complicações, dores crônicas, perda de mobilidade… o resultado? Hoje em dia, o rei usa muletas ou cadeira de rodas pra se locomover. Mas adivinha? O cara não reclama, continua sendo inspiração, e ainda tem esperança de melhorar. Ele mesmo já disse que quer voltar a andar sem muletas, e com o espírito guerreiro que tem, ninguém duvida que ele consiga.
E aqui vai a moral da história, irmão. Ronnie Coleman é um ícone não só pelo shape monstruoso, mas pela mentalidade absurda. O cara acordava pra comer, treinava como se fosse o último dia da vida, trabalhava o dia todo e ainda encontrava tempo pra ser um ser humano incrível. Ele não é só um corpo gigante. É um exemplo de disciplina, foco e resistência mental.
Na real, ele é o espelho de quem entra na academia querendo dar o máximo, mesmo sabendo que o mundo lá fora vai te testar o tempo todo. Ronnie provou que, com consistência e garra, você pode transformar qualquer coisa – até uma barra enferrujada no canto da delegacia – numa máquina de resultados. Mas também nos lembra que é preciso cuidar do corpo, respeitar os limites, e que saúde é tão importante quanto estética.
Então, da próxima vez que você estiver lá na academia, com preguiça de completar o último drop set, lembra do Ronnie. Lembra do cara que, mesmo lesionado, com dores lancinantes, nunca desistiu. Lembra do grito dele – “Yeah Buddy!” – e mete bronca. Porque se tem uma coisa que o The King nos ensinou é que não existe atalho pro topo, só trabalho duro, alimentação certa e um amor absurdo pelo que se faz.
E aí, vai continuar treinando de boinha ou vai meter o shape monstro em homenagem ao rei?