
Cara, você viu a notícia de hoje n’O Globo? A Zona Sul do Rio vai ganhar uma academia que parece mais um hotel cinco estrelas do que um lugar pra malhar. A parada é surreal. Sabe quanto vai custar a mensalidade? Chuta. Vai, sem medo. Não, mais. R$ 3 mil por mês, irmão. Isso mesmo. Três mil reais. Por mês. Pra malhar. Mas calma que não é qualquer puxadinho com halteres e ventilador velho, não. A academia é a XN Leblon e promete ser a mais cara do Rio de Janeiro. E, sinceramente? Parece que vale cada centavo — se você tiver, claro.
A inauguração tá marcada pro dia 3 de julho, ali na Rua Juquiá, 61, no Leblon, e já chegou chutando a porta do mercado fitness premium com tudo. Segundo o próprio jornal, o investimento foi de R$ 6 a 7 milhões pra montar essa unidade. Sete milhões, brother! Isso não é uma academia, é uma nave espacial de luxo. E o diferencial? Cada aluno vai ter um personal trainer exclusivo, todos os dias. Isso não é aula personalizada. É aula personalizada com grife.
Imagina só: você chega lá, seu personal já tá te esperando, já sabe o que você comeu no café da manhã, já montou o treino do dia com base na sua recuperação muscular, e ainda te oferece uma água mineral geladinha e uma frutinha fresca, tudo com aquele ar-condicionado que não falha. E não é qualquer frutinha, não. Deve ser aquela manga cortadinha em cubos simétricos, com folha de hortelã por cima, servida em potinho de vidro. Porque se for banana com casca e água do bebedouro, a gente pega aqui na Ponto Fitness mesmo, né?
Mas falando sério agora — ou quase — esse negócio da experiência personalizada é realmente o novo ouro do mercado fitness. A gente que rala aqui na humildade sabe o valor que tem um bom atendimento, um acompanhamento profissional de qualidade, uma estrutura que te dá prazer em treinar. E a XN Leblon vem com esse papo de “redefinir o conceito de luxo no universo fitness carioca”. É claro que soa um pouco exagerado, tipo aquelas propagandas de perfume francês, mas dá pra entender o espírito da coisa. Eles querem transformar o treino em uma experiência sensorial de alto padrão. Tipo você sai da esteira direto pra uma massagem relaxante e depois alguém passa sua camisa social com um steamer enquanto você bebe um isotônico suíço. Imagina só…
Quem tá por trás dessa obra-prima do supino é o Grupo XN, que já opera outras academias premium, como aquela XN Studio Bike Indoor na Barra, que também é puro requinte. O gerente de lá, Hebert Nunes, que vai cuidar também da nova unidade no Leblon, explicou que a ideia é unir “inovação, atendimento personalizado e bem-estar”. Parece papo de startup, mas até que convence. Afinal, se for mesmo tudo isso que prometem, talvez essa seja uma das poucas academias em que você sai de lá melhor do que entrou — e não só fisicamente.
Agora, se você pensa que o Leblon tá carente de academia de luxo, tá enganado. A gente já tem a famosa Bodytech Shopping Leblon, que também não brinca em serviço. Com mensalidade de mais de R$ 1 mil, a unidade oferece mais de mil metros quadrados de estrutura e uma lista de benefícios que parece brinde de resort: toalhas Trussardi, estacionamento grátis, vaporizador de roupa, e por aí vai. Fora os treinos com tecnologia de avaliação da Technogym, com inteligência artificial e tudo, que monta treinos personalizados com base nos seus dados de saúde. A parada é high-tech mesmo, quase que uma NASA dos exercícios.

E ainda tem a Silva Gym, que também chegou com moral na Lagoa e depois em Botafogo. Essa vem com mensalidades mais “acessíveis” — entre R$ 599 e R$ 739 — mas com uma proposta parecida de personalização. Lá, a cada três alunos, tem um personal. E, claro, tem os mimos também: toalhinha, água mineral, café, e até manobrista. Porque, né, você pode suar no supino, mas jamais suar procurando vaga no estacionamento.
Agora pensa comigo, você que tá aí pegando peso do lado. Qual é o limite pra transformar um espaço de treino num ambiente de luxo? Porque a gente sempre associou academia com suor, com força, com superação, às vezes até com um certo perrengue. E de repente vem uma galera querendo transformar isso em algo tão exclusivo que só falta trocar o colchonete por tatame japonês e o crossfit por ioga com harpa ao vivo. Será que isso tudo ainda é academia ou virou uma nova categoria de clube social?
Tem gente que torce o nariz, claro. Já ouvi amigo dizendo “Ah, isso aí é frescura, pagar R$ 3 mil pra puxar ferro? Maluco!”. Mas também conheço quem topa fácil. Porque o valor não tá só na esteira, no peso ou na bike indoor. Tá na exclusividade. No fato de você não ter que esperar o aparelho, de treinar com alguém te acompanhando de perto, corrigindo cada movimento, e ainda sair de lá com a camisa passada, pronto pra reunião no trabalho. E, cá entre nós, pra quem já gasta uma grana com estética, dermatologista, suplementação, alimentação orgânica e personal de pilates, esse valor entra no pacote do “meu corpo é meu templo”.
E aí você pensa: será que isso pega? A resposta é simples. Já pegou. Essas academias estão bombando. E não só porque tem um público que pode pagar, mas porque elas entregam uma experiência que vai além do básico. Porque enquanto a maioria das academias foca em volume, em quantidade de alunos e aulas em grupo, esse novo modelo investe em qualidade, exclusividade e conforto. É outro jogo. E não é que seja melhor ou pior. É diferente. É como comparar um buffet de churrascaria com um jantar degustação no Copacabana Palace. Os dois alimentam, mas com propósitos distintos.
No fim das contas, o que a gente quer quando entra numa academia é resultado. E, de quebra, um ambiente que motive, que respeite nosso tempo e nosso corpo. Se pra alguns isso significa pagar R$ 3 mil por mês, beleza. Se pra outros é vir aqui no Ponto Fitness, trocar ideia com a galera, fazer um treino raiz e sair pingando de suor, também tá certo. O importante é se mexer. E se puder fazer isso num lugar que te respeita, com gente boa por perto, já tá no lucro.
Aliás, falando nisso, bora combinar aquele treino de sábado de manhã? Depois a gente toma aquele suco e fica falando da XN Leblon, da Bodytech, da Silva Gym… e sonha um pouco. Quem sabe um dia a gente faz um treino experimental só pra ver como é ser tratado como atleta olímpico com mordomo. Vai que a gente gosta, né?
Mas até lá, a gente segue aqui, firme, com barra, anilha, motivação e, principalmente, companheirismo. Porque academia também é isso: comunidade. E isso, meu amigo, nenhum luxo do mundo consegue comprar.
Com informações O Globo