
Sabe aquele papo de vestiário depois do treino, quando o pessoal começa a conversar sobre dieta, dor no joelho e qual famoso agora entrou no mundo fitness? Pois é. Outro dia, entre uma série de supino e outra, um dos nossos parceiros do Ponto Fitness mandou: “Vocês viram que o Rodrigo Faro tá na calistenia agora? Tá com 12% de gordura corporal, o bicho tá seco!”
Não deu outra. A rodinha se formou e o assunto rendeu mais que treino de perna na sexta-feira.
A verdade é que, se você passou dos 40 (ou tá chegando lá), com certeza já sentiu na pele que o corpo não responde como antes. E aí ver esses caras tipo Faro, Márcio Garcia e cia, com mais de 50 anos, voando na forma física, dá aquele gás na motivação. A gente pensa: “Peraí, se esses caras conseguem, eu também posso!”
E pode mesmo. Não é papo motivacional de rede social. É ciência, disciplina e principalmente adaptação. O corpo muda, claro. Mas a cabeça também muda. E é aí que mora a chave.
Rodrigo Faro, aos 50, trocou os treinos convencionais pela tal da calistenia. Se você tá por fora, a calistenia é aquela modalidade onde o peso é o seu próprio corpo. Flexão, barra, paralela, agachamento livre, prancha, abdominal. Nada de anilha de 20kg, nada de aparelhos cromados de academia chique. É treino raiz, meu amigo. É você contra você mesmo.
Segundo ele contou em entrevista à GQ e que foi replicado no artigo da Viva Bem / UOL, a mudança foi essencial pra alcançar um nível de definição que ele nem tinha nos tempos de juventude. Imagina só, o cara com 50 anos e percentual de gordura de atleta! E vamos combinar: isso não vem com genética ou sorte. Vem com escolha e constância.
E o mais bacana é que essa história do Faro não é exceção. Tem uma galera dos “cinquentões” (e até mais) redescobrindo o corpo e colocando muito jovem no bolso quando o assunto é saúde, força e disposição. O Márcio Garcia, por exemplo, aos 54, vive postando nas redes os treinos, os desafios, as dicas pra mandar a preguiça embora. E não é pose, não. O cara treina mesmo.

Aí a gente começa a pensar: será que essa mudança tem mais a ver com o físico ou com a cabeça? Porque, convenhamos, quando a gente é jovem, vai pra academia mais pela estética, né? Aquela coisa do tanquinho, do braço cheio, da camiseta marcando. Mas depois dos 40, 50, a motivação muda de figura.
Começa a doer aqui, doer ali, o colesterol sobe, o médico manda fazer atividade física, e aí você percebe: ou cuida do corpo agora, ou vai passar a terceira idade fazendo check-up mensal.
E não é drama. É constatação. E o mais interessante é ver como esses famosos, com toda a exposição que têm, estão usando esse momento pra incentivar. Mostrar que idade é só número e que dá, sim, pra virar o jogo.
O legal da calistenia, por exemplo, é que ela respeita o seu tempo. Não precisa de academia cheia, de mensalidade alta, de equipamento importado. Você pode começar no parque, em casa, com o peso do próprio corpo e muita vontade. Claro, tem técnica, tem progressão, tem biomecânica envolvida, mas o começo é democrático.
E isso tá atraindo muita gente nessa faixa etária. Porque, convenhamos, depois dos 50 a gente quer praticidade. Quer um treino que caiba na rotina, que não machuque, que traga resultado real e duradouro.
Outro ponto que apareceu na conversa na academia foi o quanto o estilo de vida influencia. O Márcio Garcia, por exemplo, é um cara que não treina só pra foto. Ele vive a parada. Alimentação regrada, sono em dia, disciplina. É o chamado fitness sustentável. Nada de dieta maluca de 21 dias ou projeto verão. É projeto vida mesmo.
E acredite: isso inspira. Não só porque são famosos, mas porque são exemplos palpáveis. Estão ali, envelhecendo como todos nós, enfrentando os mesmos desafios hormonais, articulares, psicológicos. Mas escolheram o caminho da saúde ativa, e isso muda tudo.
Você já percebeu como o treino muda conforme a gente envelhece? Antes era peso e mais peso. Hoje é mobilidade, é consciência corporal, é preservar articulação. A gente começa a entender que não precisa levantar 40kg no supino pra ser forte. Ser forte, hoje, é conseguir amarrar o cadarço sem dor na lombar. É subir uma escada sem ofegar. É brincar com os netos (ou filhos pequenos, no meu caso) sem precisar parar pra tomar fôlego.
E isso a calistenia entrega de forma brilhante. Além do controle corporal, ela melhora postura, equilíbrio, coordenação. E, pasme, dá uma estética incrível! Porque é o corpo sendo moldado de dentro pra fora. Funcional, harmônico, forte.
Aliás, outra coisa que foi citada na matéria da Viva Bem / UOL é como a saúde mental entra nesse pacote. O treino é físico, mas o resultado é integral. Quem já treina há um tempo sabe: nada limpa mais a mente do que uma boa sessão de exercício. Ainda mais quando é ao ar livre, com o sol batendo na pele e o som da cidade ao fundo.
Tá aí outro benefício da calistenia: ela te leva pra fora. Sai do ar-condicionado, do espelho, do barulho de máquina. Vai pro parque, pra praça, pro chão da sala. E isso muda o jogo mental. Libera hormônios de bem-estar, reduz estresse, melhora o sono. Você começa a perceber que tá mais calmo, mais disposto, mais animado.
E olha que curioso: essa galera dos 50+ tá mostrando que não existe um prazo pra começar. Que não tem idade “ideal”. Que cada fase da vida traz um tipo de treino, de meta, de corpo. E tudo bem! O importante é manter o corpo em movimento. E, acima de tudo, manter a cabeça conectada com o propósito.
Não é mais sobre estética, é sobre autonomia. Sobre envelhecer com liberdade de movimento, com independência, com vitalidade. Sobre olhar no espelho e gostar do que vê, claro, mas também sentir orgulho do que conquistou com esforço e regularidade.
Tem gente que olha pro treino como obrigação. Mas quando você enxerga como parte do seu autocuidado, vira um prazer. Um hábito como escovar os dentes. A diferença é que, no treino, cada repetição é um investimento no seu futuro. E o retorno vem. Não só nos músculos, mas na disposição, na autoestima, na prevenção de doenças.
Então, se você que tá lendo isso aí agora tem seus 45, 50, 55… e acha que já passou da hora de começar, para tudo. Tá só começando. Dá uma olhada no Rodrigo Faro, no Márcio Garcia, e vê o que esses caras têm em comum com você: a mesma idade, o mesmo corpo humano, os mesmos desafios. O que muda? A escolha de agir.
E se você é mais novo e acha que isso não tem nada a ver com você, pense de novo. Porque o que você planta agora, vai colher depois. Se você cultiva disciplina, boa alimentação, treino constante, o “você” de 50 anos vai agradecer com força.
No Ponto Fitness, a gente sempre fala: cada corpo tem uma história. E cada história pode ter uma virada. Não importa se você nunca treinou, se tá acima do peso, se tem dor no joelho. O que importa é o que você faz a partir de hoje. Um passo de cada vez.
E se bater a dúvida sobre por onde começar, conversa com um profissional. Porque, sim, a orientação certa faz toda a diferença. E o mais importante: respeite seu corpo, seu tempo, sua condição. O treino perfeito é aquele que você consegue fazer com constância e segurança.
No fim das contas, seja com barra, seja com flexão, seja com caminhada… mexa-se! Envelhecer é inevitável. Agora, como você envelhece, isso tá 100% nas suas mãos.
Então, bora seguir o exemplo desses cinquentões que estão mandando ver e mostrar que idade não é obstáculo, é só um detalhe.
Nos vemos no treino!
Com informações Viva Bem/UOL